ADMINISTRAÇÃO
DE CRISES

Há diversos outros exemplos que podem configurar crises, dentre eles a apresentação de resultados negativos no ano ou no trimestre, mudanças na política de distribuição de dividendos e outros episódios que podem causar desgaste para a imagem da companhia e prejudicar o valor de suas ações no mercado.

Esses fatos também devem ser incluídos como vetores de risco no planejamento de administração de crises, mas, sobretudo, não podem nem devem ser omitidos no caso de se mostrarem relevantes.

Para contornar esses momentos e minimizar a perda de valor para a companhia, é indispensável contar com uma política de transparência e com um trabalho previamente estruturado. Será preciso informar ao mercado como a crise está sendo enfrentada pela alta direção da companhia, os exatos motivos que a geraram e as expectativas de equacionamento dentro de determinado período de tempo.

Um mecanismo eficiente é a criação de comitês internos, como os comitês de crise, que irão atuar de acordo com estratégias bem definidas para diferentes tipos de problemas e adversidades. Com a participação da área de Relações com Investidores, esses comitês darão suporte à divulgação de informações nos momentos de crise, estabelecendo prioridades, definindo os dados que deverão estar disponíveis ao mercado e orientando o relacionamento global da companhia com cada um de seus diferentes públicos.

Ao RI cabe se antecipar a possíveis cenários críticos com base nas deliberações do Comitê de Crise. Em situações de crise, o primeiro contato deve ser feito pelo departamento de RI diretamente com os órgãos reguladores e, só depois disso, com o mercado e a mídia.

Se a imagem corporativa estiver fortalecida junto ao mercado por esse comportamento aberto e ético, a administração de crises será uma tarefa bem mais simples para a área de RI gerenciar.

 

A COMPANHIA DEVE ESTAR PREPARADA PARA ADMINISTRAR EVENTUAIS CRISES QUE ENVOLVAM OS MAIS VARIADOS TIPOS DE PROBLEMAS, DESDE UM CASO DE VAZAMENTO DE INFORMAÇÃO PRIVILEGIADA (INSIDER INFORMATION) ATÉ AS CONSEQUÊNCIAS DE DIVULGAÇÃO INCORRETA DE DADOS, CONFLITOS REGULATÓRIOS OU SOCIETÁRIOS, INCIDENTES QUE ENVOLVAM O MEIO AMBIENTE, QUESTÕES JUDICIAIS, DENTRE OUTRAS.

PARA ADMINISTRAR CRISES COM EFICÁCIA, É FUNDAMENTAL AGIR COM TEMPESTIVIDADE. OS ESCLARECIMENTOS IMEDIATOS DEVEM SEGUIR O ESTABELECIDO PELA INSTRUÇÃO CVM 358/02. TRANSPARÊNCIA, RESPEITO ÀS NORMAS DE CONDUTA ÉTICA E DISPONIBILIDADE PARA FORNECER EXPLICAÇÕES DEVEM SER UM PRINCÍPIO RIGOROSO DENTRO DA COMPANHIA.