INSERÇÃO INTERNACIONAL

A transformação do panorama internacional nos mercados de capitais acontece em ritmo acelerado e uma das suas principais vertentes é a conscientização de empresas, acionistas, bolsas de valores, profissionais do mercado e órgãos reguladores de todo o mundo a respeito de princípios como sustentabilidade, governança corporativa, transparência, responsabilidade corporativa, ética e novas práticas de gestão. O ambiente internacional impõe práticas saudáveis a todos os participantes de mercados de capitais relevantes, incluindo os emergentes, como o Brasil, uma vez que afeta direta e indiretamente as estratégias das companhias brasileiras e exige que os departamentos de RI conheçam cada vez mais a legislação internacional e o comportamento do investidor global.

O aumento do fluxo de capitais internacionais para o Brasil, assim como a presença de companhias brasileiras junto aos mercados globais, torna indispensável um relacionamento estreito e qualificado com as normas vigentes de outros países e as expectativas desses investidores em relação à divulgação de resultados das empresas brasileiras nas quais investem. A presença das companhias brasileiras e dos profissionais de RI em eventos internacionais é uma tendência crescente. De acordo com pesquisa realizada pelo Ibri e pela Fipecafi em 2010, 25% das companhias entrevistadas fazem mais de três road shows ao ano.

Na área de RI, esse contato representa um desafio que deve crescer em importância. Ao atuar como porta-voz da companhia junto aos agentes do mercado internacional, o RI aprimora o relacionamento da empresa com investidores e analistas em diversos aspectos ligados a desempenho e perspectivas da companhia, governança corporativa, responsabilidade social e ambiental, assim como perspectivas da economia brasileira, fatores políticos, questões jurídicas e tributárias, regulamentação local, problemas setoriais, práticas de gestão e aspectos e culturais.

Além dos requisitos básicos de objetividade e clareza nas informações, com o máximo possível de transparência, o RI deve assegurar sua completa atualização sobre tendências e demandas que possam afetar a decisão de investimento, como medidas regulatórias internacionais (por exemplo, Lei Sarbanes-Oxley), harmonização de normas contábeis, acompanhamento dos principais índices de sustentabilidade empresarial e tendências globais de governança.

Sua interface será com os principais bancos de investimento, corretoras, hedge funds, instituições depositárias, analistas e administradores de fundos de investimento. Isso exige uma dose elevada de informação sobre tendências da economia mundial e principais expectativas em relação aos mercados emergentes. É PRECISO CONHECER A CULTURA DESSES PAÍSES, SEUS INVESTIDORES, SUAS NECESSIDADES E CARACTERÍSTICAS PRÓPRIAS, ASSIM COMO SABER ADMINISTRAR O RELACIONAMENTO DA COMPANHIA COM OS ÓRGÃOS REGULADORES E A IMPRENSA ESPECIALIZADA INTERNACIONAL.

Dependerão, em grande parte da qualificação profissional e da percepção dos profissionais de RI, o sucesso das iniciativas das companhias brasileiras e a valorização dos ativos nacionais frente ao novo ciclo de sustentabilidade econômica, preocupações sociais e ambientais e práticas empresariais éticas.

Diferenciais de atuação global na área de RI