Atividade de Relações com Investidores

Não existe consenso de quando a profissão teria sido criada. Autores indicam que funções atualmente atribuídas ao profissional de Relações com Investidores já eram praticadas no século XVII, na Companhia Holandesa das Índias Orientais, considerada por alguns a primeira companhia de capital aberto do mundo, que se empenhava na exploração de comércio marítimo.

A profissão denominada Relações com Investidores (RI) desenvolveu-se, da forma como a conhecemos, a partir do período pós-Segunda Guerra Mundial. O avanço econômico – em especial na América do Norte – ocorrido no pósguerra fez com que diversas companhias começassem a se preocupar com seus acionistas na tentativa de preservar a fonte de financiamento em um cenário de constantes disputas por recursos ainda escassos.

No Brasil, já identificamos profissionais dedicados a se relacionar com o mercado a partir das décadas de 1970 e 1980, contudo, de modo ainda complementar às outras atividades primárias exercidas pelos executivos. Por exigência da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), desde sua criação, em 1976, existe a obrigatoriedade de manutenção de uma Diretoria de Relações com o Mercado (DRM), atualmente denominada Diretoria de Relações com Investidores, em todas as empresas de capital aberto.

Com o controle da inflação e maior desenvolvimento da economia nos anos de 1990, observa-se maior interesse por investidores estrangeiros e o cargo vem evoluindo de apenas uma posição para cumprir obrigações legais para um profissional mais completo e dedicado ao relacionamento com investidores. Em 1997, foi criado o Instituto Brasileiro de Relações com Investidores (Ibri), com o principal objetivo de desenvolver e aperfeiçoar esta importante função.